10 de maio de 2010

Sporting campeão da divisão de Honra de Juvenis B: Sporting 3 - 0 Benfica


Sporting Clube de Portugal 3-0 Sport Lisboa e Benfica
Campeonato Distrital de Juvenis (Juniores B) da AF Lisboa - Divisão de Honra - 28ª Jornada

Data: 9 de Maio de 2010
Hora: 11h
Local: Academia Sporting Puma - Alcochete - Campo nº1

SPORTING CLUBE DE PORTUGAL: 1 - Mickael Meira; 2 - Edgar Ié; 3 - Miguel Rodrigues (Capitão); 4 - Tiago Duque; 5 - Nuno Malheiro (18- Rui Bento, int.) ; 6 - Antoninho Silva (Sub-Capitão); 7 - Edilino Ié (17- Tiago Bernardo, 65 min.); 8 - Luís Cortez; 9 - Alexandre Guedes; 10 - Filipe Chaby (15- Farley Rosa, 64 min.) e 11 - Iuri Medeiros (16- Carlos Mané, 52 min.)
Suplentes não Utilizados: 12 - David Teixeira, 13 - João Barreto e 14 - Rúben Semedo.
Treinador: Nuno Lourenço
Director: António Atanásio

SPORT LISBOA E BENFICA: 1 - Bruno Varela; 2 - Marcelo Féria, 3 - Pedro Torrado (Sub-Capitão); 4 - Fábio Cardoso (Capitão); 5 - João Cancelo, 6 - Tomás Aguiar; 7 - Ricardo Horta (16- Miguel Cardoso, 75 min.); 8 - João Teixeira (13-Leandro Mofreita, int.); 9 - Alsény Bah; 10 - Bernardo Silva (17- Pedro Rosário, 64 min.) e 11 - Guilherme Matos.
Suplentes não Utilizados: 12 - José Costa; 14 - Fábio Rebelo; 15 - David Indum e 18 - Tomás Caetano.
Treinador: António Bastos Lopes
Director: Nuno Ferreira

Equipa de Arbitragem: João Pinto (árbitro principal), David Afonso e João Avelar (árbitros assistentes)

Indisciplina: Alexandre Guedes (75 min.); Alsèny Bah (22 mins.)

Resultado ao Intervalo: 3-0
Resultado Final: 3-0

Marcadores: Iuri Medeiros (9 e 24 mins.) e Filipe Chaby (17 min.)

Melhores em Campo: Iuri Medeiros (Sporting) e Ricardo Horta (Benfica)



CRÓNICA:

Bancada do Campo nº1 da Academia do Sporting bem composta em termos de público, ciente da importância de uma partida que poderia ditar o Campeão da Divisão de Honra de Juvenis. Com a consciência de que o título estaria próximo, a equipa do Sporting tentou desde o início tirar proveito do factor casa para desde cedo, acabando por chegar ao golo inaugural ainda antes da passagem dos dez minutos, por Iuri Medeiros. A equipa do Benfica não conseguia responder à altura dos acontecimentos, mostrando demasiada inibição, aproveitada pelo Sporting, que de forma natural continuava a criar ocasiões de perigo, chegando ao segundo golo aos 17 minutos, por Filipe Chaby, após um canto, e 7 minutos depois a distância ver-se-ia aumentada para 3 golos de diferença, com Iuri Medeiros a alcançar o 'bis' na partida. Após o golo, a qualidade de jogo foi decaindo, pois o ritmo de jogo imposto pelos leões decaiu bastante, enquanto o Benfica conseguiu efectuar alguns remates, mas nunca colocando em causa a acentuada diferença no resultado.

Equipas em 4x3x3

As equipas partilhavam a preferência pelo esquema táctico em 4x3x3, com a equipa do Sporting a alinhar com um quarteto defensivo composto por Edgar Ié no flanco direito, colocando-se no centro Miguel Rodrigues e Tiago Duque, enquanto Nuno Malheiro fechava a lateral esquerda. Mais adiantados no terreno, um trio de meio-campo composto pelo mais defensivo Antoninho Silva, assim como Luís Cortez e Filipe Chaby, estes com funções mais ofensivas. No ataque, Edilino Ié explorava a ala direita, posicionando-se Iuri Medeiros na ala contrária. Na posição de ponta-de-lança encontrava-se Alexandre Guedes.

Já os encarnados apresentavam no seu meio-campo Tomás Aguiar, elemento de cariz mais defensivo num trio no qual também se verificava a presença de João Teixeira e Bernardo Silva, mais próximos dos elementos da linha de ataque, Ricardo Horta, mais descaído para o flanco direito, Alsèny Bah numa posição mais central e Guilherme Matos pelo lado esquerdo. Lá atrás, na defensiva, sector formado por Marcelo Féria na direita, João Cancelo na esquerda, com a dupla de centrais a ser formada por Pedro Torrado e Fábio Cardoso.

1ª Parte: 25 minutos fulgurantes do Sporting rendem 3 golos

Iniciava-se a partida, denotando-se logo desde os primeiros momentos uma entrada de maior qualidade por parte da equipa da casa, que impondo um forte ritmo na partida tentava definir o resultado em seu benefício, assumindo desde logo uma postura marcadamente ofensiva. O Benfica ia tentando estabilizar o jogo, tentando abrandar o ímpeto sportinguista.

Os leões começavam a criar perigo aos 6 minutos, e logo com uma excelente oportunidade para abrir o marcador , por Iuri Medeiros, que rematou ao poste, com o esférico a sofrer ainda um desvio no guarda-redes do Benfica Bruno Varela. Logo no minuto seguinte, Alexandre Guedes também teve uma boa ocasião, mas rematou cruzado, ao lado. Nesse minuto o Benfica conseguiria também chegar ao remate, por Guilherme Matos.

Mas aos 9 minutos haveria de surgir o primeiro golo do Sporting, apontado por Iuri Medeiros, que se isolou no meio-campo benfiquista após João Cancelo ter falhado o corte, o que deu origem a um eficaz contragolpe leonino, sem que Bruno Varela nada pudesse fazer para evitar o golo do Sporting, equipa que parecia actuar com maior conforto no seu jogo, em contraste com um Benfica que tentava estabelecer ainda um fio condutor que conferisse estabilidade ao colectivo encarnado na sua abordagem ao ataque.

A equipa verde-e-branca mantinha uma toada positiva na partida, ao passo que o Benfica ia tentando posicionar-se com maior presença no meio-campo defensivo da equipa do Sporting, com Bernardo Silva a tentar criar embaraços ao guarda-redes Mickael Meira, rematando de meia distância.

Mas o Sporting veria a sua vantagem ser alargada aos 17 minutos, por Filipe Chaby, que se elevou mais alto que os defensores benfiquistas, correspondendo a um canto cobrado pelo lado direito do ataque do Sporting. Dois minutos volvidos, o Sporting voltava a aproximar-se com perigo da baliza do Benfica, com Iuri Medeiros a rematar junto ao poste. Aos 20 minutos o mesmo jogador voltou a ter algum espaço, mas voltou a não acertar no alvo, não aproveitando algumas facilidades concedidas.

O Sporting assumia a partida de forma mais incisiva, perante um Benfica algo retraído, que timidamente se tentava 'soltar das amarras' e assim colocar a defensiva leonina em sentido. Bernardo Silva voltava a tentar de meia distância, sem perigo relevante. Mas o Sporting colocava freio a esta ténue reacção benfiquista aos 24 minutos, chegando assim ao 3-0, num lance em que Edgar Ié percorre todo o corredor direito em transição rápida, deixando para Iuri Medeiros na área rematar para o golo.

O Benfica tentava não se desorientar, procurando diminuir os estragos de uma desvantagem por três golos. Mas o Sporting continuava a exibir inteligência na forma como defendia, mostrando acerto. Para mais, mostrava-se bastante concentrado a efectuar transições rápidas, que valeram aos leões 2 dos 3 golos conquistado, o que mostrava o elevado índice de eficácia dos leões nesse capítulo.

O volume que o Sporting impunha ia baixando, com o Benfica a tentar tirar algum proveito desse facto, tentando trocar a bola com a máxima qualidade possível, mas se em termos ofensivos o ataque leonino ia perdendo criatividade a defesa não facilitava minimamente, mesmo com o Benfica a imprimir alguma mobilidade aos seus atacantes, que trocaram, em definitivo, de posição, passando Guilherme Matos para a direita, colocando Ricardo Horta mais pelo centro para proporcionar maiores rotações no jogo ofensivo encarnado, passando Alsèny Bah para o lado esquerdo.

Aos 37 minutos Nuno Malheiro via o amarelo, cometendo uma falta que resultou em livre lateral para o Benfica. Na cobrança do lance a bola foi cruzada para a grande área, para o cabeceamento de Fábio Cardoso cabeceou para as mãos de Mickael Meira, que agarrou com segurança. O intervalo aproximava-se, com o jogo a apresentar a esta fase um ritmo pouco elevado, com o Benfica agora mais subido no terreno, mas sem conseguir ser suficientemente perigoso de forma a colocar a vantagem do Sporting em causa.

2ª Parte: Qualidade afrouxou, Sporting a festejar no final

O Benfica entrava com vontade, conseguindo acercar-se mais da área sportinguista. À passagem dos 47 minutos as águias dispõem de uma boa ocasião para marcar, após uma boa progressão de Guilherme Matos, que derivou para o centro, colocando o esférico em Ricardo Horta que rematou de pronto, mas para boa defesa de Mickael Meira, para canto, com o mesmo Ricardo Horta a rematar de longe, após o alívio da equipa sportinguista da área, novamente para a oposição do guarda-redes do Sporting. O mesmo Ricardo Horta voltaria à carga aos 50 minutos,após Edgar Ié não ter captado a posse de bola, concedendo espaço para Ricardo Horta avançar, rematando ao lado da baliza leonina.

O Sporting também alterava a disposição dos extremos, com Edilino Ié a trocar o seu papel em campo, numa primeira instância com Iuri Medeiros, depois com Carlos Mané. Aos 56 minutos a troca posicional até poderia ter trazido frutos, com Pedro Torrado a não dominar a bola nas melhores condições,com a bola a chegar até Edilino Ié, que rematou para defesa segura de Bruno Varela.
A equipa do Benfica mantinha-se com um maior pendor ofensivo, conseguindo encontrar condições para desenvolver ataques a espaços, com o Sporting a manter-se alerta, mesmo sem estar a praticar um futebol tão agressivo como nos primeiros 20 minutos da 1ª parte.

O resultado exibia uma distância que o Benfica não conseguia reduzir, embora encaminhasse os seus esforços para tal. Ao minuto 64, António Bastos Lopes colocava em campo Pedro Rosário, para dinamizar o futebol do Benfica pela direita. Três minutos passados, boa jogada criada pelo Benfica, com Ricardo Horta a tabelar bem com Guilherme Matos, mas o remate saiu ao lado.

A partida descaracterizava-se cada vez mais a nível de qualidade, conforme se iam entrando nos últimos 10 minutos. Aos 70 minutos, após uma jogada confusa na área do Benfica aquando da marcação de um canto, Alexandre Guedes não aproveitou a boa posição de que dispunha, atirando por cima. Três minutos passados os leões teriam uma boa sequência de remates do , com Carlos Mané e Luís Cortez a testarem a atenção de Bruno Varela. Alguns momentos depois, Luís Cortez cruzou para a área, onde Tiago Duque cabeceou por cima da baliza encarnada. A partida encaminhava-se os descontos, com Edgar Ié a efectuar uma boa abertura para Carlos Mané, que rematou fraco para as mãos de Bruno Varela, que agarrou tranquilamente.

Pouco depois, terminava a partida em Alcochete, dando-se lugar aos festejos da equipa do Sporting, que conquistava assim o título da Divisão de Honra, quando duas jornadas ainda estão por jogar no Campeonato. Esta derrota termina assim com quaisquer pretensões encarnadas, pois com 6 pontos em disputa o Benfica vê-se com um atraso pontual de 9 pontos.



ANÁLISE INDIVIDUAL: Sporting Clube de Portugal

1- Mickael Meira - Actuação em bom nível, mostrando capacidades quando os atacantes encarnados o obrigavam a exibir os seus atributos.

2- Edgar Ié - Efectuou várias descidas pelo seu flanco em transições rápidas, causando dificuldades ao adversário nessa parte do jogo.

3- Miguel Rodrigues - Esteve tranquilo no centro da defensiva, fazendo uso de um bom posicionamento para não se ver em apuros.

4- Tiago Duque - Esteve bem defensivamente, contribuindo com os seus centímetros na área contrária em bolas paradas.

5- Nuno Malheiro - Foi o defensor em plano mais discreto, mas mesmo assim revelou alguma intensidade a disputar a bola.

6- Antoninho Silva - Não esteve em evidência a atacar, mas mostrou-se sempre muito eficaz no plano defensivo, onde raramente cometeu erros.

7- Edilino Ié - Começou na direita, mas terá sido no flanco esquerdo que se exibiu em melhor plano de evidência.

8- Luís Cortez - Muito correcto ao nível do passe, plano no qual mais se destacou, raramente falhando um, curto ou longo.

9- Alexandre Guedes - Não marcou, mas triangulou muito bem com os companheiros de ataque, criando espaços para que estes surgissem.

10- Filipe Chaby - Obteve um tento de cabeça, mas foi com os pés que desenvolveu o seu jogo, criando linhas de passe.

11- Iuri Medeiros - Excelente exibição em termos ofensivos. Com dois golos no pecúlio pessoal, criou outras ocasiões de relevo.

15- Farley Rosa - Não teve tempo para se exibir como grande fonte de desequilíbrios no jogo da sua equipa, entrando numa fase de pouco movimento.

16- Carlos Mané - Boas movimentações pelas alas, tentando o remate sempre que teve possibilidade, numa entrada positiva.

17- Tiago Bernardo - Não actuou o tempo bastante para criar algum lance de registo, pois o filme do jogo já estaria a terminar.

18- Rui Bento - Entrado ao intervalo para a lateral canhota da defesa, entregou-se ao jogo com galhardia nos duelos individuais.

DECLARAÇÕES:


Mister Nuno Lourenço
(Sporting Clube de Portugal)


Mister Paulo Carvalho
(Sporting Clube de Portugal)


Filipe Chaby (Sporting Clube de Portugal)


Mister António Bastos Lopes (Sport Lisboa e Benfica)


Pedro Torrado (Sport Lisboa e Benfica)

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